quinta-feira, 12 de novembro de 2015

3 Abordagens sobre a ética na apologética - Luiz Carlos Almeida



Textos Áureos da Apologética

Primeiro Ponto baseado em 1º Pedro 3,15 e Colossenses 4,6
Antes, santifique ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
1º Pedro 3:15

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.
Colossenses 4:6

Observação dos textos:

Na epístola de Pedro percebemos que antes da recomendação dada no texto, é preciso que haja o entender de que é a presença do Senhor Deus em nosso coração que está em torno de toda a dialética. Se as nossas palavras saíssem sem a direção espiritual de Deus, iriamos nos confundir, e acabar nos equivocando em certos períodos do debate ou do dialogo.

Logo em seguida Pedro indica que devemos está sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer um que nos pedir a razão da esperança que há em nós, em um entender mais amplo, podemos concluir que a palavra de Deus é a razão da verdade que nós seguimos, e é a esperança por meio da fé que há em cada Cristão, por intermédio da ação sacrificial de Cristo na cruz do calvário.

Na carta de Paulo aos Colossenses ele recomenda que as nossas palavras sejam sempre agradáveis, com essa recomendação percebemos a semelhança com o texto de 1º Pedro 3,15, que lembra-nos que devemos responder com temor e mansidão a razão de nossa fé.

Ele enfatiza uma frase idiomática daquela época “temperada com sal” esse termo incluído no texto significa que é preciso articular bem as palavras, usar o vocabulário correto, o tom de voz adequado, para saber falar a cada tipo de pessoa. É importante sempre ter uma atitude positiva e ter uma conversa agradável. Sal em excesso fica salgado, e pouco sal também não é bom, por isso devemos ter equilíbrio e moderação.

A Segurança na Apologética

Muitos apologistas da fé como exemplo, o Dr. William Lane Craig, carregam uma grande responsabilidade de preservar a dialética Cristã, que é um dos aspectos mais importantes em debates e palestras que abordam temas como a defesa racional da fé.

Um dos maiores exemplos bíblicos de um apologista da fé, foi o Apostolo Paulo discursando no areópago em Atenas, que se encontra em Atos 17:16-28, que diz: “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria. De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição. E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto (Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade). E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas.”

Nesse trecho que mostra um dos maiores discursos do Apostolo Paulo em sua caminhada no Evangelho, vemos como ele possuía uma dialética pura e profunda para aquela época, na parte em que ele refuta os sábios gregos que eram os filósofos os epicureus e os estóicos, percebemos a categórica grandeza de sua argumentação, ele diz: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas.”

Essa objeção de grande profundidade de Paulo foi feita por meio de um falho e grosseiro questionamento feito por um dos sábios gregos, que dizia: “Que quer dizer este paroleiro?” A palavra paroleiro significa aquele ou aquela que diz parolas, parolador (Mentiroso ou Tagarela). Paulo tinha certeza que o que ele estava pregando era a verdade, por isso foi profundo e até mesmo muito ousado em sua objeção, pois os sábios gregos daquela época possuíam um estereótipo de autoridade racional, mais o que eles não sabiam era que o Deus de Paulo era o Senhor dos sábios.

O Uso da Dialética Erística

Um dos filósofos que mais usou a dialética erística e escreveu uma obra chamada A arte de ter razão, foi Arthur Schopenhauer, em sua obra ele mostra 38 estratégias para se ganhar um debate. No começo do livro ele define qual o verdadeiro significado de debater argumentos, de uma forma bem pessimista como de costume, Schopenhauer especifica o debate como um campo de batalha de dois animais racionais brigando para se sair melhor em seus argumentos, ele enfatiza a questão de que o homem é uma espécie movida pelo instinto de ser superior. Na visão cristã da dialética, um bom debate precisa apenas do bom senso ético dos dois debatedores, mas como o debate apologético quase sempre acontece com cristãos e ateus, a ética muita das vezes é esquecida e dar lugar a ignorância e a grosseria.

O uso da erística foi desenvolvido pelo pensamento sofista, e a arte ou a técnica da disputa argumentativa em torno do debate filosófico, vista com o objetivo de ganhar uma discussão, e não necessariamente encontrar a verdade de uma determinada questão. A necessidade da erística no viés apologético, não é ganhar imaculadamente um debate e categorizar a verdade subjetiva.

Um argumento bem lógico e racional para um debate apologético é sobre a verdade subjetiva, não é um tema intacto de questionamentos opostos, mais é racional e muitos ateus usam sistemas de argumentação sofista para estabelecer uma armadilha nos argumentos. O Argumento consiste em que quando uma verdade não pode ser vista a olho nu e, no entanto ela exista, podemos denomina-la como verdade subjetiva, por exemplo: Por mais que uma pedra tenha vários ângulos de visualização ela continuara sendo uma pedra, no entanto, uma abstração já será em sua essência, desfragmentada e por tanto, o seu conceito assim será.

Em Matheus 5:6 Jesus em seu sermão no monte diz: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” A justiça pela verdade era uma das virtudes do Apostolo Paulo, ele tinha estudo e tinha um conhecimento amplo sobre filosofia e os princípios judaicos, a veracidade da existência do Deus hebraico era perfeitamente compreendida por Paulo, depois que ele se voltou ao evangelho de Cristo, a verdade da salvação também passou a ser um pretexto para ele propagar com sua eloquência aquilo que ele acreditava. A justiça pela verdade também foi uma virtude de muitos filósofos e pais os pais da igreja como Santo Agostinho, em uma de suas frases ele diz: “A verdade tem poucos amigos” essa frase demostra que a erística as vezes é desnecessária para propor a verdade, a mais convertedora das estratégias de persuasão para um apologista se chama Conhecimento Bíblico. Em Oséias 4:6 diz “O povo padece por falta de conhecimento” O conhecimento é a virtude humana mais importante para podermos existir melhor neste mundo depravado, todos os conceitos até mesmo seculares às vezes são de suma importância para o nosso crescimento e amadurecimento, Deus quer que nós sejamos racionais e não pessoas ignorantes no campo dos conhecimentos.

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