segunda-feira, 28 de março de 2016

Teologia do Novo e Antigo Testamento - Eduardo C. Feltraco

O Antigo Testamento estabelece a fundação para os ensinamentos e eventos encontrados no Novo Testamento. A Bíblia é uma revelação progressiva. Se você pular a primeira metade de qualquer livro bom e tentar terminá-lo, você vai ter dificuldade de entender seus personagens, o enredo e o final. Da mesma forma, o Novo Testamento só pode ser completamente entendido quando é visto como o cumprimento dos eventos, personagens, leis, sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo Testamento.

Se apenas tivéssemos o Novo Testamento, iríamos ler os evangelhos sem saber por que os judeus estavam esperando pelo Messias (Um Rei Salvador). Sem o Antigo Testamento, não entenderíamos por que esse Messias estava vindo (veja Isaías 53), e não poderíamos ter identificado Jesus de Nazaré como o Messias através das várias profecias detalhadas que foram dadas a Seu respeito; por exemplo: Seu lugar de nascimento (Miquéias 5:2); Sua forma de morrer (Salmos 22, principalmente versículos 1,7-8, 14-18; Salmos 69:21, etc.), Sua ressurreição (Salmos 16:10), e muitos outros detalhes de Seu ministério (Isaías 52:19; 9:2, etc.).

Sem o Antigo Testamento, não entenderíamos os costumes judaicos que são mencionados no Novo Testamento. Não entenderíamos as distorções que os fariseus tinham feito à lei de Deus por acrescentarem suas tradições. Não entenderíamos por que Jesus estava tão transtornado ao purificar o Templo. Não entenderíamos que podemos usar a mesma sabedoria que Cristo usou em Suas muitas respostas aos Seus adversários (humanos e demoníacos). 

Da mesma forma, os evangelhos do Novo Testamento e os Atos dos Apóstolos registram o cumprimento de muitas profecias que foram registradas centenas de anos antes no Antigo Testamento. Muitas dessas são relacionadas à primeira vinda do Messias. Nas circunstâncias do nascimento de Cristo, Sua vida, milagres, morte e ressurreição encontradas nos Evangelhos, achamos o cumprimento de profecias do Antigo Testamento que são relacionadas à primeira vinda do Messias. São esses detalhes que validam a declaração de Jesus de ser o Cristo prometido. E até mesmo as profecias do Novo Testamento (muitas das quais são encontradas no livro de Apocalipse) são baseadas em profecias registradas anteriormente nos livros do Antigo Testamento. Essas profecias do Novo Testamento são relacionadas aos eventos da Segunda vinda de Cristo. Praticamente dois de cada três versículos do Novo Testamento são baseados em versículos do Antigo Testamento.

Tanto o Antigo Testamento como o Novo contêm várias lições para nós através das vidas de seus personagens falíveis que possuíam a mesma natureza que possuímos hoje. Ao observar suas vidas, podemos nos encorajar a confiar em Deus não importando a situação (Daniel 13) e a não ceder nas coisas pequenas (Daniel 1), para que possamos ser fiéis depois nas grandes coisas (Daniel 6). Podemos aprender que é melhor confessar nossos pecados com sinceridade logo, ao invés de botar a culpa em outra pessoa (1 Samuel 15). Podemos aprender a não brincar com o pecado, pois o pecado vai nos descobrir e sua mordida é fatal (veja Juízes 13-16).

Podemos aprender que precisamos confiar e obedecer a Deus se almejamos experimentar da Sua "terra prometida" ainda nessa vida e do Seu Paraíso na vida futura (Números 13). Aprendemos que se contemplamos o pecado, estamos apenas nos preparando para cometê-lo (Gênesis 3; Josué 6-7). Aprendemos que nosso pecado tem consequências não só para nós mesmos, mas para aqueles ao nosso redor que amamos tanto; assim como o nosso bom comportamento tem recompensa para nós e para os que estão ao nosso redor também (Gênesis 3; Êxodo 20:5-6). No Novo Testamento, temos o exemplo de Pedro a nos ensinar uma grande lição– que não devemos ousar confiar nas nossas próprias forças ou é certo que VAMOS falhar (Mateus 26:33-41). Nas palavras do ladrão na cruz, vemos que é através de fé simples e sincera que somos salvos dos nossos pecados (Lucas 23:39-43). Também vemos como uma igreja vigorosa do Novo Testamento deve ser (Atos 2:41-47; 13:1-3, etc.).

Também, porque a revelação nas Escrituras é progressiva, o Novo Testamento esclarece os ensinamentos aos quais o Antigo Testamento apenas se alude. O livro de Hebreus descreve como Jesus é o verdadeiro Sumo Sacerdote e o Seu sacrifício sem igual substitui todos os sacrifícios que eram apenas um retrato do Seu sacrifício supremo. O Antigo Testamento nos ensina a Lei, a qual tem duas partes: os mandamentos e a benção/maldição que se originam da obediência ou desobediência aos seus comandos. O Novo Testamento clarifica que Deus deu esses mandamentos para mostrar aos homens sua necessidade de salvação; a lei nunca serviu como um meio de salvação (Romanos 3:19). 


O Antigo Testamento descreve o sistema de sacrifícios que Deus deu aos israelitas para cobrir seus pecados temporariamente. O Novo Testamento clarifica que esse sistema era apenas uma alusão ao sacrifício de Cristo, através de quem salvação é encontrada (Atos 4:12; Hebreus 10:4-10). O Antigo Testamento viu o paraíso ser perdido; o Novo Testamento mostra como paraíso foi recuperado para a humanidade através do segundo Adão (Cristo) e como um dia vai ser restaurado. O Antigo Testamento declara que o homem foi separado de Deus através do pecado (Gênesis 3); o Novo Testamento declara que o homem pode agora mesmo restaurar seu relacionamento com Deus (Romanos 3-6). O Antigo Testamento predisse a vinda do Messias. Os Evangelhos registram essencialmente a vida de Jesus, e as Epístolas interpretam Sua vida e nos mostram como devemos responder a tudo que Ele tem feito e ainda vai fazer. 


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