Em nosso meio
na academia de filosofia, uma coisa impossível é: não nos depararmos com a
ontologia e com a epistemologia. É sabido que a epistemologia exaltou muito o
ser humano (Nietzsche), até o denominou senhor da natureza (Bacon) – mas a
controvérsia racional também é favorável que a totalidade do mal ficou as custas
do ser humano, é de fato uma realidade. A ontologia, ao falar, contempla Deus
em seu conceito como uma perfeição imutável, totalmente bom e amável; o que
designou o ser humano à buscar respostas e razões desta questão.
Hoje muitos
subjetivistas e relativistas não aceitam uma moral absoluta. Ora, uma verdade é,
que mesmo existindo uma moral absoluta, a subjetividade é um argumento em favor
de Deus - assim sendo, uma moral divina, filosoficamente tem de ser perfeita
(Plantinga); humanamente somos falhos e diversificados (epistemologia jurídica
e genética – por ser nossa natureza imperfeita), impossível de sugar a
perfeição moral e agradável de um Ser divino. Estudo, ensino, disciplina, currículos
e ideias diversificam o que cada um vai conseguir e vai poder sugar dessa moral (objetiva) para completar a sua existência, nos conduzindo para a experiência da vida,
pois de fato não nascemos sabendo (Piaget). Como sendo imperfeita nossa
capacidade moral, sugaremos dela (moral objetiva) parcelas diferentes e em áreas diferentes -
isso que nos faz diferentes e diversificados, subjetivos. Não podemos criar
algo a partir do que nos criou (hilemorfismo cartesiano); mesmo assim vemos a
moralidade absoluta presente, sem sermos predeterminados por uma justa causa
extremamente divina e escrava (Heidegger) como nos propõe alguns neo-ateus. A
subjetividade moral e relativa, não pode assim, negar a moral absoluta – ao contrário,
é um passo para ela.
Se Deus não
existe, não pode ser culpado pelo mal. Como sabemos que existe o mal, isso faz
com que o ser humano seja culpado por ser mal, por ser condenado a ser livre
(Sartre). A culpa do mal é do ser humano. Se existir um Deus, ele deve ser
perfeitamente bom (Clóvis de Barros Filho).
Podemos classificar as prerrogativas assim:
1 - A moral divina é perfeita e
absoluta;
2 - O ser humano por ser
imperfeito não pode sugar uma totalidade moral absoluta, somente partes dela;
3 - Cada um consegue sugar
algumas coisas dessa moral absoluta, o que lhe torna um ser único e diferente
dos outros;
4 - Se isso nos torna subjetivos
e diferentes, a moral absoluta não prende ninguém, aliás, é um argumento em
favor de um Deus amoroso, pois permite a diversidade e a liberdade.
Eduardo C. Feltraco
18/01/2016
Teologia - FSTN
Psicologia e Psicanálise - UNIJUI
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