terça-feira, 18 de agosto de 2015

Oração - Eduardo Feltraco

A oração cava um canal do reservatório de recursos ilimitados de Deus para os pequenos tanques da nossa vida. O objetivo primordial do Diabo é impedir os santos de orarem. Ele não tem nenhum medo de estudos sem oração, de trabalho feito sem oração e de religião sem oração. Ele ri do nosso trabalho e zomba da nossa sabedoria, mas treme quando oramos. Orar é algo que você pode fazer o tempo todo, não importa o que mais esteja fazendo. É como pensar enquanto faz outra coisa. Desde que você esteja clamando, pode ter certeza que Deus responderá; desde que esteja vazio de si, poderá ser enchido pelo Espírito Santo.
É como abrir uma porta silenciosamente
E entrar na presença de Deus,
E ali, na quietude,
Ouvir a Sua voz,
Dialogar com Ele.
Talvez fazer-lhe uma petição ou confissão
Ou apenas ouvi-Lo,
Não importa,
Simplesmente ficar lá,
Na Sua presença,
Mergulhado na Graça em Espírito,
Isso é orar!

Quem descobre a verdadeira essência da oração perdoa mais fácil quem lhe machuca porque sente que machucou ao Senhor com seus pecados e ainda assim foi amado por Ele (1 João 4:19). 'Quem descobre a verdadeira essência da oração sabe se comportar diante dos outros porque o Mestre lhe ensina a ser amável (Mateus 5:44).

Quem descobre a verdadeira essência da oração é mais humilde porque descobre que o Senhor é que tudo em todos mesmo sendo Deus a si mesmo se esvaziou (Filipenses 2:5-11).
Quem descobre a verdadeira essência da oração é cheio de verdade, mas com Graça, porque é íntimo do Verbo que habitou entre nós é cheio tanto da Graça quanto da verdade (João 1:14).
Quem descobre a verdadeira essência da oração sente-se rico, cheio, porque percebe que sua herança é eterna (Efésios 1:3-10).
Quem descobre a verdadeira essência da oração sente-se forte exatamente quando é fraco porque experimenta que o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas (2 Coríntios 12:9)!
Vemos nos dias de hoje, muitas coisas que dificultam nossa intimidade com Deus, dentre elas estão desânimo, indolência, pressa, distração e cansaço. Mas bem sabemos que  

 bastam palavras que brotam de nosso coração, inteiramente puras, palavras que vem direto do Espírito Santo sobre nós, com sinceridade, coração aberto e quebrantamento. “o Senhor está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos” (Provérbios 15:29). Jesus ensinou os discípulos a orar secretamente e, também, disse-lhes que orassem com sinceridade: Ele disse: "Não useis de vãs repetições".
Mesmo com diversas circunstâncias desfavoráveis à nossas metas com o Senhor, vemos aqui uma grande motivação, que deve estar no centro de nosso coração, por mais que a carne é fraca, busquemos em primeiro lugar ao Seu Reino, “Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração” (Romanos 12:12).
A garantia da efetividade de nossa oração se encontra no nome do maior homem de todos os tempos, que veio a terra para trazer liberdade aos cativos, “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13), e “Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei” (v. 14). Unindo tudo isso a algo que realmente também agrada ao nosso Senhor, a Fé, “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Disse Jesus: "...Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, ....se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis" (Mateus 21:21-22). Este é o primeiro princípio: a fé vem pelo olhar para Deus, não para os montes.
Não podemos deixar de lado nossa intimidade que procede do Cordeiro, Ele é a fonte, queremos mergulhar no coração que transmitiu a Graça sobre nós, a oração que transmite leitos de agua viva, que flui sobre nós “... entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai...” (Mateus 6:6), ou também “... em sua casa, e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas da banda de Jerusalém, três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (Daniel 6:10). De modo semelhante, quando você cria um local secreto onde pode orar de verdade, com o tempo vai ficar ansioso para ir para lá. Começará a apreciar o ambiente íntimo, o aroma, os objetos conhecidos, a gostar do ambiente espiritual onde você conversa livremente com Deus.
Porque Deus, o Pai, nos chama à oração: “Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmos 50:15).
Ele ouve: “O Senhor me ouve quando eu clamo por ele” (Salmos 4:3).
Ele atende: “Eu lhes ouvirei o clamor” (Êxodo 22:23).
Ele ilumina: “Contemplai-o iluminados, e os vossos rostos jamais sofrerão vexame” (Salmos 34:5).
Ele dá grande poder: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste, e alentaste a força de minha alma” (Salmos 138:3).
Ele atua: “Ele acode à vontade dos que o temem” (Salmos 145:19).
Ele responde: “E será que antes que clame, eu responderei” (Isaías 65:24).
Ele anuncia: “... anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes” (Jr 33:3).
Além de orar em particular e com sinceridade, Jesus aconse­lhou os discípulos a orar especificamente. Ele mostrou o que Ele queria dizer dando-lhes uma oração modelo, a oração que costumamos chamar de Oração do Pai-Nosso. Quero chamar a atenção de dois trechos aqui: Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu. Submeta sua vontade a Deus. Coloque a vontade dele em primeiro lugar na sua vida: casamento, família, carreira, ministério, finanças, corpo, relacionamentos, igreja. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoa­do aos nossos devedores. Certifique-se de que você não é o obstá­culo: confesse seus pecados, receba perdão e comece a crescer. Viva com um espírito perdoador em relação aos outros.
Embora a presença de Deus em Cristo fosse muito poderosa, ainda faltava algo. O ministério de Jesus na terra durou cerca de três anos. Ele nunca saiu da Palestina. Apenas um número relativamente pequeno de pessoas o conheceu pessoalmente. A grande maioria dos que já haviam vivido neste mundo ja­mais entrou em contato direto com ele. Por este motivo, Jesus prometeu aos discípulos: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" (João 14:16-17).
Posso citar pelo menos vinte realidades que tem a mesma importância de verdade na vida cristã. E são elas: Leitura da Palavra, oração, jejum, família, ministério, dons espirituais, amor a Deus e ao próximo, louvor, vida de adoração, devocional diário, Dízimos e ofertas, evangelização, perdão, santidade, atos de misericórdia, testemunho cristão, autoridade do cristão, humildade e esperança escatológica. Essas são as mais conhecidas e cada uma delas é de uma profundidade inimaginável, somente mergulhando na Graça do nosso Senhor para termos apenas uma noção de quão grandioso és suas raízes.
Agora vem mais uma descrição maravilhosa do que acontece quando oramos com sinceridade de coração e buscamos uma espiritualidade vibrante e renovada a cada dia: o Senhor conhece nossas necessidades antes que lhes peçamos! Para finalizar, quero citar aqui cinco princípios importantes para nossas oração:
Princípio I - Para ser eficaz, a oração precisa ser parte da rotina e não uma rotina à parte.
Princípio II - Para ser eficaz, a oração precisa anular o desejo de impressionar os homens.
Princípio III - Para ser eficaz, a oração precisa ser também uma rotina à parte.
Princípio IV - A eficiência da oração está diretamente ligada ao coração de quem ora.

Princípio V - A profundidade na oração só ocorrerá de fato quando estivermos dispostos a diferenciar o desejo humano da vontade de Deus.

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